sexta-feira, 15 de maio de 2009

Holandesas e belgas na varanda

DE BAR EM BAR - Buena Vida Social Clube


Fui numa tarde ensolarada ao bar num shopping a céu aberto. Pensei que estaria vazio (um bar de cervejas importadas às quatro da tarde de uma segunda-feira?). Que nada. Havia, sim, um bom movimento na aprazível varanda do Buena Vida Social Clube. Não sou muito acostumado com o peculiar público da Barra, portanto tudo é uma festa para os olhos. Pego logo uma mesa encostada na janela, de onde se pode ver um pequeno jardim. Na parte interna do bar, um balcão, algumas mesas, e nas paredes os tradicionais pôsteres de cervejas, mas em número e diversidade muito interessantes. Dá para ficar um tempo viajando nas marcas, rótulos, nacionalidades.

Para começar os trabalhos, peço uma caldereta de Stella Artois. Vem num copo de tamanho normal. Quando chamo o garçom ele me explica que saiu errado no cardápio. Só tem chope na tulipa, tanto o da Stella quanto o da Brahma. Sei. Observo uma mesa ao lado e noto que dois homens bebem cervejas diferentes, num balde com gelo. Antes de entrar nesse terreno, peço uma meia porção de croquetes de carne. Vêm assim, assim, sem muita emoção, quase pálidos (mas a mostarda estava ótima).

Vamos, então, ao que interessa: o cardápio de cervejas. É realmente especial. Tem cervejas holandesas, belgas, alemãs, japonesas e outras, todas com as respectivas descrições de coloração, sabores, teores alcoólicos. Uma alegria para os cada vez mais numerosos bebedores de cervejas diferentes, que curtem as variações, apreciando mais qualidade do que quantidades cavalares (mas, dependendo da ocasião, esta hipótese pode ter um inestimável valor...) O fato é que se pode beber muito bem no Buena Vida Social Clube. Basta ter dindim. Uma Duvel, por exemplo, uma de minhas favoritas, custa R$ 24, 50. Há também cervejas de 98 reais, a holandesa La Trappe Quadrupel, com seus 10 % de teor alcoólico.

Como o meu orçamento é mais modesto, arranjo-me com uma das promoções da casa. Um balde, em torno de 38 reais, contendo três marcas: a Lowembrau, a Franziskaner Weiss, e duas Leffe, a Blonde e a Brune. Sou atendido pelo mesmo garçom que trouxe a caldereta que é tulipa. Sem mais nem menos, ele escolhe a que vou tomar primeiro, a Lowembrau. Pergunto-lhe, como quem não quer nada, se há uma ordem certa para a degustação (em copos especiais). Ele diz que sim, o sabichão, mas sem muita simpatia. É boa a Lowembrau. Melhor ainda a Franz Weiss, a segunda na sequência. As outras duas, da Leffe, já conhecia e também gosto.

Peço o cardápio para comer outra coisa e agora vem um outro garçom. Constrangido, ele pede desculpas e explica que a cozinha está com problemas e não pode sair o espetinho misto (carne, frango e linguiça). Já gostei dele. Peço em seguida os mexilhões com fritas. Ele, muito tímido, se contorce todo, pois também não pode ser. Fechamos então nos anéis de lula, que vieram sem nada de mais. Ainda tomei uma última caldereta que é tulipa. Entre o garçom sabichão e o constrangido, este ganhou longe. Saúde e até a próxima.

Buena Vida Social Clube – Downtown, Av. das Américas, 500, bloco 9, loja 119, Barra da Tijuca (3251-5424)