Brasil, agora tudo mudou
Na certa houve uma pressão em Brasília
E a verdade se dobrou em muitas
Precisei ver o Bob Dylan no dvd
Para entender que não dá pra ser esperto e amar
Tudo ao mesmo tempo
Brasil, como é que pode, você não dá esmola pequena
(a não ser quando precisa muito ser bonzinho)
Criança com nariz escorrendo e pé descalço
Não esculacha mais a sua consciência
“Não quero mendigo na porta da minha casa”
“Não quero rico roubando meu dinheiro”
Brasil, cadê seus bigodões, seus tamancos
Seus azulejos e seus bacalhaus
Quem é que nunca furou fila, nem sinal?
Brasil, suas verdes matas estão no e-mail
Que me pedem para assinar:
Querem reduzir a Floresta Amazônica em 70%
A morte de cada um em suspenso
Até a próxima ilusão
Brasil, e assim a gente vai estar passando
Afinal o gerundismo é hoje
Em dia um mal necessário
Como o celular que faz tudo
Como o flanelinha que não faz nada
Como a corrupção e o esquerdista pragmático
Mas não vou terminar aqui
De uma maneira inviável
Brasil, i love you so much
Não me interessam argumentos falsos
Felicidades reescritas
Pois eu estou amassado
Em minhas utopias, em nossas finanças
Brasil, qual é o sertão real?
É preciso ter uma produção do BNDES?
A tecnologia será bem-vinda
Tanto quanto a combustão da ignorância
O prazer desavergonhado
E uma sorte em Copacabana
Depois da viagem
E de todo o trabalho sujo
Trabalho sujo
Sujo
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
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