“Os livros são, sejamos realistas, melhores do que qualquer outra coisa. Se criássemos uma espécie de luta de boxe cultural e fizéssemos com que os livros disputassem 15 rounds no ringue contra o melhor que qualquer outra forma de arte tivesse para oferecer, então os livros não perderiam nenhuma partida. Pode verificar, se quiser. A flauta mágica versus Middlemarch: um estudo da vida provinciana? Middlemarch ganha de seis a zero. A última ceia versus Crime e castigo? Ponto para Dostoiévski. Está vendo aí? Não sei se isto é muito científico, mas parece que os romances estão ganhando disparado. É claro que há sempre algumas pequenas exceções – a canção Blonde on blonde pode dar um banho no livro A loja de antiguidades, por exemplo, e eu não apostaria muito em Fogo pálido contra Cidadão Kane. E volta e meia icaríamos chocados, pois isso acontece no mundo dos esportes, de forma que De volta para o futuro III poderia dar a sorte de acertar um soco bem na cara de Corre, coelho; mas, em 99 por cento dos casos, continuo torcendo para a literatura.”
(Nick Hornby, Frenesi Polissilábico)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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